A UERJ HOMENAGEIA FERNANDO DINIZ
EXPOSIÇÃO - TRAÇOS DO INCONSCIENTE
A UERJ recebe o II Congresso Brasileiro de Saúde Mental da ABRASME nos dias 3, 4 e 5 de junho, e sendo o mês de maio comemorativo da Luta Antimanicomial, durante o Congresso, os participantes terão a oportunidade de visitar a exposição das obras de Fernando Diniz na Galeria Cândido Portinari.
A SR-3 e o Departamento Cultural da UERJ abrem no dia 28 de maio de 2010, sexta-feira, às 19h, a exposição Fernando Diniz - Traços do Inconsciente, que reúne trabalhos inéditos feitos pelo artista do Museu do Inconsciente, durante o período de internação na Vila da Unidade Assistencial de Psiquiatria, do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ, de 1997 até o seu falecimento em 1999.
A mostra conta com diversas composições em cor, com as formas geométricas já consagradas de Fernando. Ele era um dos artistas mais emblemáticos descoberto pelas mostras do Museu do Inconsciente. Fez parte do tratamento pioneiro no Brasil, empregado pela Dra. Nise da Silveira, de substituir as terapias agressivas da época por trabalhos artísticos. Com a ajuda dela, Fernando foi incentivado a criar livremente, dando expressão aos seus estados mentais. O reconhecimento de suas obras veio através de exposições no Brasil e no exterior, publicações, filmes e vídeos.
BIOGRAFIA
Fernando Diniz nasceu na Bahia, em 1918. Veio morar com a mãe em casarões de cômodos para baixa renda, no Rio de Janeiro, aos quatro anos de idade. Mulato e pobre, nunca conheceu o pai. Sempre acompanhava a mãe, costureira, em casas de família de classe média. Desenvolveu paixão obsessiva pela filha de uma das clientes. Desde garoto sonhava ser engenheiro. Chegou ao primeiro ano científico, mas abandonou os estudos.
Em 1944, foi preso e levado para o Manicômio Judiciário, por estar nadando despido na praia de Copacabana. Em 1949, foi transferido para o Centro Psiquiátrico Nacional, em Engenho de Dentro, onde conheceu a Dra. Nise da Silveira. Depois de receber sessões de eletrochoque e comas insulínicos, que nada resolveram, foi levado ao ateliê de pintura. Fernando sai do enclausuramento e começa a pintar com avidez, incentivado pelo tratamento alternativo empregado experimentalmente pela Dra. Nise.
Em suas obras mistura o figurativo e o abstrato, em complexas estruturas de composições. O resultado é uma sucessão de imagens, superpostas, dinâmicas e coloridas. Em 1986, o cineasta Leon Hirzman produz o documentário "Imagens do Inconsciente" que mostra o processo criativo de produção de Fernando.
Já doente, após uma cirurgia nos rins, foi transferido para a Vila da Unidade Docente Assistencial de Psiquiatria do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), em 1997, onde permaneceu produzindo até o seu falecimento em 1999. A exposição conta com este acervo.
Com promoção da UERJ/SR-3/Decult e com Apoio do CAPS/UERJ, UDA-P/HUPE/UERJ, IP/UERJ e Museu de Imagens do Inconsciente
APRESENTAM:
FERNANDO DINIZ - TRAÇOS DO INCONSCIENTE
Local: Galeria Cândido Portinari / UERJ
Rua São Francisco Xavier, 524 - Maracanã
Tel.: (21) 2334-0728 / 0114
Inauguração: 28 de maio de 2010, sexta-feira, a partir das 19h
Visitação: até 25 de junho de 2010
De: segunda a sexta, das 9h às 20h
Rua São Francisco Xavier, 524 - Maracanã
Tel.: (21) 2334-0728 / 0114
Inauguração: 28 de maio de 2010, sexta-feira, a partir das 19h
Visitação: até 25 de junho de 2010
De: segunda a sexta, das 9h às 20h
ENTRADA FRANCA!
Abs
EQUIPE NEPS/UERJ
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