segunda-feira, 28 de setembro de 2009

HOSPITAIS PSIQUIÁTRICOS NO RIO EM AGONIA - O Contra-Choque de Ordem na cidade

DESCASO!!!
Hospitais psiquiátricos do Rio em agonia - usuários dormem no chão!

(Matéria Publicada em 28/09/2009 às 09h35m Jornal O GLOBO)
Fernanda Baldioti

RIO - Internos dormindo no chão, fumando na enfermaria, pacientes obrigados a comer em pé, leitos sem colchão, roupas misturadas ao lixo, banheiros sem pia e sanitários esguichando água. Este foi o quadro encontrado pelo presidente da Comissão de Saúde da Câmara, vereador Carlos Eduardo (PSB), durante uma vistoria realizada no Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira, mais conhecido como hospício do Engenho de Dentro, e no Instituto Municipal Philippe Pinel, em Botafogo. A crise, causada em parte pelo corte no orçamento e pelo hiato entre o que é gasto e o valor repassado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), levou o psiquiatra Edmar Oliveira a pedir demissão do cargo de diretor do Nise este mês, após dez anos exercendo a função:
- A secretaria cortou 25% dos contratos terceirizados, que são responsáveis por setores como alimentação e limpeza. Com isto, gestores que, como eu, já vinham fazendo economia, foram prejudicados. Eu já tinha cortado todos os excessos, com menos 25%, não tinha mais como trabalhar. As enfermarias estão em petição de miséria. Com essa verba, só conseguia trocar as lâmpadas - afirmou Oliveira.



A falta de infraestrutura e de manutenção é visível no Nise da Silveira: leitos com a estrutura de ferro cortada pela ferrugem e expostos ao contato dos pacientes, colchões rasgados, goteiras sobre as camas. No banheiro, o reboco do teto desmoronou e não há portas nas cabines, o que deixa os internos sem privacidade.
Durante a vistoria, realizada no fim de agosto, um paciente foi flagrado lavando a cabeça na pia do refeitório. Mofo e infiltrações podiam ser vistos nas paredes dos corredores, de enfermarias, banheiros e outros setores da unidade. Os poucos armários que existem estavam sem portas, e os pacientes não tinham onde guardar os pertences.
Segundo um funcionário do Nise que pediu para não ser identificado, por falta de pessoal, o tratamento dos pacientes praticamente se restringe à medicação. As atividades acontecem uma vez por semana, durante duas horas.
- Eles acabam se estapeando por qualquer coisa. É cadeirada para cima e para baixo. Teve um paciente que arrancou a orelha do outro, e um interno que teve o lábio arrancado. Ano passado, um morreu após uma briga aqui dentro. É difícil trabalhar num local desses. Muitos colegas estão adoecendo, inclusive mentalmente. Trabalhamos sob pressão de dia e de noite - relatou o funcionário.



A morte do interno que foi agredido aconteceu no ano passado, ainda sob a gestão de Oliveira. Segundo ele, um dos problemas foi a demora no atendimento. Como não há ambulância no Nise (nem no Pinel) esperou-se mais de uma hora até que o paciente fosse levado para um hospital.
A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil informou que conta com serviço terceirizado de ambulâncias, que ficam baseadas em pontos estratégicos da cidade. "A unidade que necessita do serviço liga para a central é prontamente atendida", afirmou, em nota.



Internos fumam sem serem incomodados



No Hospital Philippi Pinel, a situação não é diferente: foram encontrados colchões e cobertores rasgados, além de madeira podre substituindo o estrado das camas. Nos banheiros, as pias estão sem encanamento e a água cai no chão, as descargas estão com defeito e não há água quente nos chuveiros.
Segundo denúncia de uma funcionária, como os armários estão arrombados e quebrados, as pacientes dormem abraçadas aos pertences para não serem roubadas. Ela relata que há briga até mesmo por causa de roupas íntimas, como calcinhas.

No refeitório, há apenas quatro cadeiras para todos os pacientes da unidade. Muitos reclamam que comem sentados no chão ou em pé. Segundo uma paciente que não quis se identificar, a refeição é regulada: se alguém derruba a comida no chão, não receberá outra. Também não é permitido repetir o prato.
- Um interno me contou que eles fazem a dança das cadeiras e quem se sentar come sentado. Isto é forma de ressocializar alguém? Que ambiente é esse de internação? - questiona o vereador Carlos Eduardo.



Apesar de a constituição proibir o consumo de cigarro dentro de hospitais e ambientes fechados, a cena é comum tanto no Pinel quanto no Nise. O funcionário do Nise relata que há brigas constantes por cigarro. Segundo ele, o vício dos pacientes é mantido por parentes, que levam os cigarros. Como nem todos recebem visitas, cria-se o tumulto.
- A enfermagem oferecia cigarro para nós se a gente se comportasse e não ficasse incomodando. Hoje eles não dão mais cigarro, mas foi aqui que aprendi a fumar, com 15 anos - revela uma paciente do Pinel.



De acordo com a secretaria, tanto no Pinel quanto no Nise da Silveira, só é permitido que os pacientes fumem no pátio. Em nota, a secretaria informou que o Pinel conta com um grande refeitório no térreo, que tem capacidade para receber todos os pacientes. E há ainda algumas copas, nos andares com espaço, para pequenas refeições no caso de pacientes que não têm condições físicas para locomoção e não podem descer até o refeitório principal. A secretaria ressaltou que a quantidade de refeições contratadas é suficiente para a alimentação de todos os pacientes, além absorver o número de refeições excedentes, quando necessário.



Pacientes do ambulatório reclamam da falta de psicólogos



A paciente Deise Correia, que tem síndrome do pânico e faz uso do ambulatório do Nise da Silveira, revela que desde o início do ano não há mais o tratamento sistemático com os psicólogos. Segundo ela, há três meses os pacientes conseguiram uma sala para realizarem reuniões de autoajuda:
- Tínhamos uma consulta uma vez por mês com uma psiquiatra e semanalmente com uma terapeuta. Isto não existe mais. Semana passada, chegou uma senhora muito mal e nós que a ajudamos. Em maio, consegui marcar uma consulta para outubro, mas a médica nova pediu demissão. Como insisti muito e pedi pelo amor de Deus que ela me desse remédio, ela me atendeu, mas só fez repetir a receita. A gente pergunta se esse hospital está acabando e ninguém sabe responder - relatou Deise.



Por causa da falta de tratamento psiquiátrico ambulatorial, o presidente da Associação dos Moradores do Entorno do Engenhão, Aníbal Antunes, organizou uma manifestação que contou com cerca de 70 pessoas no último dia 14. Antunes relata que alguns médicos se queixaram de que não têm sequer um fichário para anexar o prontuário.



- Sem terapia, não há remédio. O tratamento era semanal, passou a ser quinzenal e agora os pacientes se reúnem, fazem autoajuda e sem o profissional acompanhando. Fico sensibilizado porque tenho uma amiga que passava muito por aqui e sempre dizia que nunca havia pensado que precisaria do hospital um dia. Pedimos que o secretário de saúde crie uma solução. Se isto não acontecer, vamos fazer mais manifestações e até acionar o Ministério Público.



De acordo com a direção do Nise da Silveira, a unidade oferece reuniões de autoajuda com a participação de monitores treinados, que em alguns casos são também usuários. Há também a atuação de terapeutas ocupacionais, psicólogos e enfermeiros que participam das atividades terapêuticas, como oficinas de dança e de arte, juntamente com os pacientes.



A direção do Nise informou ainda que a unidade é antiga, da década de 40, e está passando por manutenção preventiva e obras. "A área que está com problemas de infiltrações está interditada, e todos os pacientes foram transferidos para outra enfermaria", afirma uma nota da secretaria de Saúde.



Na nota, a secretaria informou que a demanda por limpeza e manutenção de um hospital psiquiátrico é maior do que a das demais unidades: "Há casos em que os pacientes quebram equipamentos, e o serviço contratado conta com o plantonista para cuidar destes casos corretivos. Todo lixo da unidade é selecionado e separado como infectante ou não infectante, e há quantidade suficiente de colchões para reposição".



Com relação ao corte de 25% dos contratos terceirizados, a secretaria informou que ele foi realizado em contratos de alguns serviços da prefeitura, para adequação do orçamento às contas do município, não havendo perda na qualidade dos serviços prestados. "Esta medida foi adotada para que fosse possível pagar os débitos da gestão anterior e os deste ano".



Confira amanhã o estado de conservação da Colônia Juliano Moreira



Maiores Informações e vídeos sobre a vistoria:


sábado, 26 de setembro de 2009

INSCRIÇÕES HOMOLOGADAS - NOVAS INFORMAÇÕES SOBRE O CURSO DE EXTENSÃO


Prezados/as


A Coordenação do NEPS – Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Saúde Mental e Atenção Psicossocial, da Faculdade de Serviço Social da UERJ através dessa está divulgando a homologação dos inscritos (os selecionados) para fazerem o Curso de Extensão em Política de Saúde Mental e Atenção Psicossocial: Produção do Cuidado & Formação Crítica na UERJ. Nosso período de inscrição, ou seja, do envio das fichas de inscrição, teve que ser encerrado antes mesmo do prazo previsto para o seu término, dia 25/09/09, por conta de uma demanda bem maior que o nosso número de vagas, inicialmente, 30.


Após o recebimento de exatas 156 fichas de inscrição, tivemos que proceder a um processo de análise e seleção dos que enviaram suas fichas de inscrição, denominamos essa etapa, antes inexistente, de processamento interno. Nesse processo, fomos obrigados a definir critérios para uma melhor definição dos interessados elegíveis, tomando como prioridade a inserção técnica e institucional no campo da saúde mental e atenção psicossocial. Por outro lado, dobramos o número de vagas que antes seria só de 30 para 60, contudo mantendo a infra-estrutura e o projeto pedagógico do curso.


Assim, coube-nos informar sobre o ACEITE e o INDEFERIMENTO aos que enviaram suas fichas de inscrição. Dessa forma, procedemos da seguinte forma, dividimos os inscritos em dois grupos e enviamos mensagem de e-mail.


O grupo que teve sua inscrição ACEITA estamos esperando no dia 06/10/09, às 18:30, no Auditório Prof. Wilson Cardoso (Antigo A), 9º andar, Bloco D na Faculdade de Serviço Social da UERJ, no Pavilhão Central, João Lyra Filho – Campus Maracanã, para abertura do curso e conseqüentemente para efetivação da inscrição. A ausência significará imediatamente no não interesse, e procederemos assim a chamada da lista de espera.


O grupo que teve sua inscrição INDEFERIDA no curso, aproveitamos esse espaço para registrar que infelizmente não pudemos atender e acolher a todas/os. Lamentamos, mas de antemão queremos afirmar o nosso compromisso de uma nova edição do curso para o ano de 2010.


Certos de contarmos com a compreensão, apoio e empenho de todos/as no êxito do nosso curso,


Cordialmente,


Prof. Marco José Duarte e Equipe do NEPS/UERJ

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

VIII Congreso Internacional de Salud Mental y Derechos Humanos


VIII Congreso Internacional de Salud Mental y Derechos Humanos, promovido pela Universidad Popular Madres de Plaza de Mayo, com o tema: Clínica y Política, de 19 al 22 de noviembre de 2009. Inscriciones hasta 25/09/09.

Maiores informações na imagem.

Saudações Antimanicomiais Internacionais!

Mudando o Imaginário Social da Exclusão


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vistoria encontra indício de maus tratos em hospital psiquiátrico no interior do Rio de Janeiro!


Pacientes estavam sem roupa e dormitórios sem condições de higiene.

A Secretaria de Saúde solicitou que o SUS descredencie a instituição.


Uma vistoria num hospital psiquiátrico de Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, encontrou indícios de maus tratos a pacientes com transtornos mentais. Pacientes sem roupa, dormitórios com colchões rasgados, sem lençóis, camas imundas. 436 pessoas estão internadas no hospital Colônia, de Rio Bonito. Vieram de outros municípios onde não há tratamento psiquiátrico e vivem em condições subumanas. Usam banheiros cheios de infiltrações, com vasos sujos e quebrados. O número pequeno de profissionais não dá conta nem da higiene básica. Um local que serviria para o banho está com teto quebrado, cheio de goteiras. Na hora do almoço, a fila para o refeitório é do lado de fora. A comida é entregue por uma janela e alguns comem com os pratos nas mãos. As alas do hospital tinham muito mau cheiro. No consultório de odontologia, foram encontrados medicamentos vencidos. A diretora do hospital foi presa e liberada depois de pagar fiança. Ela deve responder por crime contra a saúde pública e não quis gravar entrevista. Todas as irregularidades encontradas durante a fiscalização serão relatadas ao Ministério Público e a associações de direitos humanos. Os profissionais de saúde também vão encaminhar um documento ao Governo do Estado cobrando uma ação no hospital. “O que nós queremos é que o estado se responsabilize, porque 100% são pacientes do SUS. Não tem leito particular”, diz Cláudia Arari, membro do Conselho Regional de Psicologia. A lei que regulamenta o tratamento para pessoas portadoras de transtornos mentais proíbe a existência de pacientes em instituições com características de asilo e obriga que a unidade ofereça além de serviços médicos, assistência social e psicológica e atividades ocupacionais e de lazer. “O que nós achamos que deva haver e que, infelizmente, nós ainda não temos, são unidades psquiátricas em hospitais gerais, que dêem em conta de uma demanda, que é a maior demanda, com ambulatórios de psiquiatria onde o médico psiquiatra possa tratar das doenças psiquiátricas, não só da esquizofrenia, mas também de depressão, ansiedade, de várias situações, como o uso de álcool e drogas. Hoje, infelizmente, nós não temos”, afirma João Carlos Dias da Silva, diretor da Associação Brasileira de Psiquiatria. A Secretaria de Saúde do Estado informou que o descredenciamento do hospital do SUS já foi pedido ao Ministério da Saúde, que informou que vai apurar as denúncias.


FOTO: Atual Escola de Comunicação da UFRJ (Antigo Hospício Nacional)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

INSCRIÇÕES ENCERRADAS!!!

O CURSO É UMA NECESSIDADE DE FORMAÇÃO PARA O CUIDADO EM SAÚDE MENTAL por isso pensamos e criamos o Curso de Extensão em promoção do NEPS/UERJ com apoio do CAPS/UERJ.
A procura pessoal e virtualmente para com o nosso curso foi enorme...entretanto lamentamos profundamente aos que não possam mais se inscrever no Curso de Extensão, pois fomos obrigados a encerrar as inscrições pois a demanda foi bem maior que a oferta. Isso se deve ao número de vagas, e extrapolá-lo inviabilizaria a proposta didático-pedagógica do curso, além do que temos um número reduzido de cadeiras no auditório.
Pedimos a compreensão e a colaboração de todas e todos os interessados, e garantimos desde já uma segunda edição, até com novos conteúdos programáticos, já para o próximo ano, logo no primeiro semestre.
Saudações Antimanicomiais,
Equipe do NEPS/UERJ

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Curso de Extensão em Saúde Mental e Atenção Psicossocial na UERJ


O NEPS - Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Faculdade de Serviço Social da UERJ estará promovendo o CURSO DE EXTENSÃO em POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: PRODUÇÃO DO CUIDADO & FORMAÇÃO CRÍTICA, no período de 06 de outubro à 15 de dezembro, sempre às terças-feiras, das 18:30 às 21:30, no Auditório A (Prof. Wilson Cardoso) da FSS/UERJ, 9º andar, Bloco D, do Pavilhão Central João Lyra Filho da UERJ.

As inscrições estão abertas até o dia 25 de setembro.

Quaisquer informações, envie e-mail para psicossocial.uerj@gmail.com para preenchimento do formulário próprio.


OBJETIVOS DO CURSO:
Capacitar os participantes para o entendimento do modelo técnico-assistencial de atenção psicossocial a partir da crítica à constituição histórica da política de saúde mental no Brasil; Socializar e familiarizar junto aos participantes o debate teórico-conceitual e as experiências interventivas constitutivas do campo da saúde mental brasileiro; Vivenciar diversas situações estratégicas referentes à produção do cuidado no campo da atenção psicossocial; Fomentar o debate sobre as condições de trabalho e sobre a saúde do trabalhador da rede de atenção psicossocial, bem como discutir os efeitos nocivos do processo de precarização do trabalho na atenção e no cuidado; Desenvolver a criatividade, a crítica e a inovação na superação dos desafios à formação profissional para o referido campo.


JUSTIFICATIVA DO CURSO:
Considerando a realidade da Lei Federal 10.216/01 (Lei da Saúde Mental) e a implementação dos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS como um novo modelo técnico-assistencial no campo da saúde mental e atenção psicossocial; Considerando as diferenças da produção do cuidado a partir de seus agentes institucionais: técnicos, usuários e familiares na constituição de um modelo substitutivo de atenção e formação crítico às perspectivas hospitalocêntrica e manicomial; Considerando a importância do debate sobre as relações de trabalho e sobre a saúde do trabalhador da rede de atenção psicossocial; Considerando as experiências interventivas transdisciplinares que operam o campo da atenção psicossocial a partir do pensamento social crítico na saúde coletiva, em geral, e na saúde mental, em particular, que vêm contribuindo para um aprendizado cidadão e antimanicomial dos agentes na produção do cuidado na atenção psicossocial.


PÚBLICO-ALVO:
Estudantes de graduação e pós-graduação, residentes e profissionais das diversas áreas do conhecimento científico que constituem o campo da Saúde Mental;
Representantes e integrantes dos movimentos de usuários e familiares dos serviços de saúde mental, bem como de outros movimentos sociais;
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
BREVE CONSIDERAÇÃO SOBRE A HISTÓRIA DA LOUCURA E OS MODELOS REFORMADORES INTERNACIONAIS

POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL NO BRASIL – Considerações Históricas e Políticas do século XX no campo da Saúde Mental e Atenção Psicossocial.

ANTES E DEPOIS DA LEI 10.216/01 – Questões Paradigmáticas e Transitórias da Reforma Psiquiátrica brasileira.

LEGISLAÇÕES PARA O CAMPO DA SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – Direitos & Conquistas – Limites & Retrocessos!

O PROBLEMA DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO EM SAÚDE MENTAL.

MOVIMENTOS SOCIAIS E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NO CAMPO DA SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – A organização das associações de usuários e familiares na cena política e institucional pela Reforma Psiquiátrica.

CUIDADO E FORMAÇÃO PARA UM NOVO MODELO ASSISTENCIAL – Diferenças e Repetições no cotidiano da rede dos serviços de atenção psicossocial

QUE CLÍNICA DA ATENÇÃO PSICOSSOCIAL? Questões transdisciplinares.

ATENÇÃO PSICOSSOCIAL À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE – A questão das abordagens psicossociais críticas no campo da saúde mental hoje.

ATENÇÃO PSICOSSOCIAL AOS USUÁRIOS DE ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS – A questão das abordagens psicossociais críticas no campo da saúde mental hoje.

UMA AGENDA UNIVERSITÁRIA E DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PARA O CAMPO DA SAÚDE MENTAL E ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – Formação para a Reforma Psiquiátrica na universidade
METODOLOGIA DO CURSO:
Exposição oral com recurso áudio – visual
Exercícios práticos com dinâmicas individuais, em duplas e em grupos.
Estudo de caso e vivências.
Projeção de filmes.
Será fornecida apostila com todos os textos científicos de apoio selecionados para o curso.

OUTAS INFORMAÇÕES:
Carga Horária Total: 30 horas
Valores: Curso de Extensão Universitária Público e Gratuito
Vagas: 30
Telefone: (o21) 2334.0422 Ramal 204
COORDENAÇÃO GERAL:
Prof. Marco José Duarte (FSS/UERJ)
Prof. Alexandre Magno de Carvalho (FSS/UERJ e UNIRIO)
EQUIPE ORGANIZADORA:
Christiane Pessanha Athayde (SMS e CPRJ)
Débora Alves Campos – Estudante de Graduação da FSS/UERJ
Josélia Ferreira dos Reis – Estudante de Pós-Graduação da ESS/UFF e JF-RJ
Neilanza Micas Coe – CAPS/UERJ e CPRJ
Rejane da Costa Antônio – Estudante de Graduação da FSS/UERJ
Sirley Tereza dos Reis – Extensionista – Graduanda da FSS/UERJ
Stephanie Santos da Silva – Bolsista de Extensão – Graduanda da FSS/UERJ
Thaís – Estudante de Pós-Graduação da FSS/UERJ e R2 SS/HUPE/UERJ
Tânia de Oliveira – HUPE/UERJ
Tatiana Guimarães do Espírito Santo – Estudante de Graduação FSS/UERJ
COLABORADORES e CONVIDADOS:
Prof. Ademir Pacelli (IP/UERJ)
Prof. Alejandro Klein (Instituto de Psicologia/USP)
Profra Artemis Garcia Marinho (ESS/UFF)
Conceição Robaina (FIOCRUZ)
Profra Doris Luz Rinaldi (IP/UERJ)
Edvado Nabuco (LAPS/FIOCRUZ)
Prof. Jorge Vasconcelos (UFRJ)
Psiquiatra Leonardo Martins Dias (CAPS/UERJ)
Prof. Luiz Antônio Baptista (DPSI/ICHF/UFF)
Psicóloga Nayara Castellar (CAPS.UERJ)
Prof. Paulo Amarante (LAPS/FIOCRUZ)
Enfermeira Renata Cerqueira (CAPS/UERJ)
Assistente Social Rosimar Meródio (CAPS/UERJ e HMJM)
Prof. Sérgio Alarcon (FIOCRUZ e SMS-RJ)
Profra Tatiana Rangel Reis (ESS/UFF)
entre outros/as que estão a confirmar...

APOIO:
CAPS.UERJ (Centro de Atenção Psicossocial da UERJ)

Depressão será a doença mais comum do mundo em 2030, diz OMS




DEPRESSÃO E QUESTÃO SOCIAL: A loucura como produção social




Segundo OMS, pobres sofrem mais com problema que ricos!




Dados divulgados nesta quarta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, nos próximos 20 anos, a depressão deve se tornar a doença mais comum do mundo, afetando mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde, incluindo câncer e doenças cardíacas.



Segundo a OMS, a depressão será também a doença que mais gerará custos econômicos e sociais para os governos, devido aos gastos com tratamento para a população e às perdas de produção.



De acordo com o órgão, os países pobres são os que mais devem sofrer com o problema, já que são registrados mais casos de depressão nestes lugares do que em países desenvolvidos.



Atualmente, mais de 450 milhões de pessoas são afetadas diretamente por transtornos mentais, a maioria delas nos países em desenvolvimento, segundo a OMS. As informações foram divulgadas durante a primeira Cúpula Global de Saúde Mental, realizada em Atenas, na Grécia.



"Os números da OMS mostram claramente que o peso da depressão (em termos de perdas para as pessoas afetadas) vai provavelmente aumentar, de modo que, em 2030, ela será sozinha a maior causa de perdas (para a população) entre todos os problemas de saúde", afirmou à BBC o médico Shekhar Saxena, do Departamento de Saúde Mental da OMS.



Ainda segundo Saxena, a depressão é mais comum do que outras doenças que são mais temidas pela população, como a Aids ou o câncer.



"Nós poderíamos chamar isso de uma epidemia silenciosa, porque a depressão está sendo cada vez mais diagnosticada, está em toda parte e deve aumentar em termos de proporção, enquanto a (ocorrência) de outras doenças está diminuindo."



Segundo o médico, os custos da depressão serão sentidos de maneira mais aguda nos países em desenvolvimento, já que eles registram mais casos da doença e têm menos recursos para tratar de transtornos mentais.



"Nós temos dados que apontam que os países mais pobres têm (mais casos de) depressão do que os países ricos. Além disso, até mesmo as pessoas pobres que vivem em países ricos têm maior incidência de depressão do que as pessoas ricas destes mesmos países", afirma Saxena.



"A depressão tem diversas causas, algumas delas biológicas, mas parte dessas causas vem de pressões ambientais e, obviamente, as pessoas pobres sofrem mais estresse em seu dia-a-dia do que as pessoas ricas, e não é surpreendente que elas tenham mais depressão."



Segundo o médico, o aumento nos casos de depressão e os custos econômicos e sociais da doença tornam mais urgentes uma mudança de atitude em relação ao problema.



"A depressão é uma doença como qualquer outra doença física, e as pessoas têm o direito de ser aconselhadas e receber o mesmo cuidado médico que é dado no caso de qualquer outra doença."



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