quarta-feira, 29 de junho de 2011

SOS Saúde Mental de Niterói - Carta dos Trabalhadores, Usuários e Familiares

A SAÚDE MENTAL EM NITERÓI PEDE SOCORRO!!!!!!
 
Junte-se ao movimento em defesa da saúde mental contra o corte de 25% na força de trabalho e contra o fechamento dos serviços e o desmonte de uma rede com 18 anos de história.
            
Demitir ¼ da força de trabalho não é solução! 
O que será  dos 8000 pacientes assistidos e suas famílias? 
Quem vai pagar essa conta? 
 Não podemos dizer que a Saúde Mental em Niterói funcione a contento, apesar de seu reconhecimento no Brasil inteiro por suas ações de vanguarda. Há graves limitações no que diz respeito a recursos humanos, estrutura física das unidades, transporte de usuários, controle das clínicas contratadas, sem contar a deficiência de medicamentos e as dificuldades em garantir novos serviços para acolher os pacientes que ainda estão internados desnecessariamente e os usuários de álcool e outras drogas.
A relevância desse Programa pode ser avaliada pela redução dos leitos manicomiais na cidade e pela inclusão de milhares de pacientes aos serviços comunitários.
A saúde mental atravessa frequentes crises ultimamente e estas acabam trazendo muitos problemas para a manutenção do trabalho e, portanto, para a assistência dos pacientes. No momento, há uma determinação do governo municipal exigindo uma redução de 25% dos trabalhadores. Este fato implicará no fechamento de serviços, redução de ações que culminarão com a desassistência aos 7832 usuários vinculados a essa rede.
Cabe lembrar que cerca de 90% dos trabalhadores da saúde mental em Niterói estão sustentando esse trabalho através de vínculos precários, sem direito a férias e 13º, e os aprovados no último concurso ainda não assumiram os cargos vagos.
Já  foram atravessadas muitas crises e sempre há a sensibilidade dos governos, dos parceiros e da sociedade.  
Essa luta é de todos nós!!
Em defesa de uma saúde pública e de qualidade!

X Congresso Internacional de Saúde Mental e Direitos Humanos

sexta-feira, 24 de junho de 2011

V Simpósio de Saúde Coletiva & Saúde Mental


Caminhos e Descaminhos da Reforma Psiquiátrica Brasileira:
 10 anos da Lei 10.216/01
 
19 e 20 de agosto de 2011 - Universidade Federal de Minas Gerais
 

O PRAZO PARA INSCRIÇÃO DE TRABALHOS
FOI PRORROGADO PARA 27 DE JUNHO!

 


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Comissão Organizadora do V Simpósio de Saúde Coletiva e Saúde Mental
Laboratório de Grupos, Instituições e Redes Sociais
Fone: (31) 3409-6281

segunda-feira, 13 de junho de 2011

WORKSHOP Saude Mental e Trabalho 15/06/2011

A Comissão de Direitos Humanos e Assistência Judiciária /CDHAJ da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB/RJ - juntamente com o Núcleo de Saúde Mental e Trabalho – NUSAMT - da Secretaria de Estado de Trabalho e Renda – SETRAB – tem o prazer de convidar para o

II WORKSHOP DO GRUPO DE TRABALHO SAÚDE MENTAL E TRABALHO

"A questão do Transtorno Mental à Luz da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”.




Dia: 15 de junho de 2011
Local: Ordem dos Advogados do Brasil.
Av. Marechal Câmara 150, 4º. Andar   Plenário Evandro Lins e Silva.
Hora: 09:30h - 14:30h

Prefeitura do Rio obriga a internação de crianças e adolescentes dependentes em drogas

Muito nos preocupa que a única saída das autoridades públicas da cidade do Rio de Janeiro seja a internação involuntária e obrigatória, mas ouvindo isso do campo jurídico e assistencial requer um debate no campo da saúde mental, álcool e outras drogas no Rio de Janeiro, com trabalhadores, usuários e familiares para tomarmos reflexões técnicas, políticas e teóricas para que se possa aprofundar o tema e acompanhar o processo iniciado que, segundo dizem, é sem volta. É um retrocesso isso sim!
No link abaixo, indicamos o vídeo do programa Globo Comunidade de hoje, 12 de junho de 2011, onde apresenta-se a Casa Viva, para onde estão sendo "recolhidas" das cracolândias e ruas, crianças e adolescentes no Rio de Janeiro. Na reportagem uma juíza, uma promotora e o secretário municipal de Assistência Social Rodrigo Bethlem apresentam o que consideram a nova política adotada pela prefeitura (assistência e saúde) que segundo a Secretaria de Assistência Social, é necessário pois "de janeiro até agora foram feitos pelo menos 200 acolhimentos de crianças e adolescentes viciados em drogas. A maioria é retirada, mas depois volta para as ruas e para o vício".



Por uma sociedade sem manicômios!
Abraços
Equipe NEPS
 

Dez anos após a reforma psiquiátrica, Brasil ainda tem instituições públicas de modelo manicomial

Hospital psiquiátrico São Vicente de Paulam em Taguatinga, no DF - Foto de André Coelho
BRASÍLIA - Passados dez anos da reforma psiquiátrica, que teve como principal objetivo substituir as internações por um tratamento mais humanizado dos pacientes com transtornos mentais, o Brasil ainda abriga instituições públicas funcionando no modelo dos antigos manicômios. Um desses lugares é o Hospital São Vicente de Paula, em Taguatinga, no Distrito Federal. O GLOBO visitou o local em maio. Havia 56 pacientes internados (32 mulheres e 24 homens) no pronto-socorro - 14 além da capacidade do local. E não era dos dias piores. Segundo funcionários do hospital, em abril havia mais de 80 pacientes internados.
Essa realidade se multiplica em um Brasil cuja expectativa, há uma década, era extinguir os manicômios. O plano não deu certo porque o Sistema Único de Saúde (SUS) não conseguiu multiplicar as experiências positivas na área para atender toda a demanda. Dados do Ministério da Saúde revelam que ainda existem no Brasil 59 hospitais psiquiátricos públicos funcionando no modelo antigo de tratamento e outros 160 credenciados ao SUS. Nos hospitais públicos, há 32.735 leitos.
Na ala feminina do São Vicente da Paula, havia pacientes deitadas no chão dos corredores ou no minúsculo pátio, próximas a poças d'água. Outras perambulavam - uma com a bíblia na mão, uma com as roupas rasgadas, uma seminua e outra que repetia à exaustão "eu vou morrer agora". Muitas reclamavam que tiveram seus objetos pessoais furtados por colegas. A cena seria esperada, não fosse por um detalhe: nenhum médico ou enfermeira supervisionava as internas. Uma das pacientes contou que agressões físicas entre as pacientes são comuns.
Se um paciente se altera, pode agredir o outro. Quando eles chamam para apartar, já é tarde
A poucos metros dali, em uma sala reservada, havia uma enfermeira e duas auxiliares de enfermagem. As profissionais estavam separadas das pacientes por uma porta de ferro com apenas uma pequena fenda na altura dos olhos para a interação dos dois ambientes. A enfermeira de plantão, Gislaine Oliveira, confirma a versão da paciente:
- A estrutura física precisava ser melhor, com mais integração entre pacientes e médicos. Se um paciente se altera, pode agredir o outro. Quando eles chamam para apartar, já é tarde.
Atendimento aos pacientes internos é feito apenas em dias alternados
O médico Ricardo Albuquerque Lins, diretor do hospital, defende o fim do uso dos uniformes nos internos, para haver mais humanização. Mas pondera que, com tantos pacientes, fica difícil para o médico diferenciar funcionários de internos. Para Lins, a mudança no tratamento só será possível quando houver estrutura suficiente de atendimento nas unidades psiquiátricas dos outros hospitais públicos e os Centros de Ação Psicossocial (CAPs) estiverem mais bem estruturados. Ou seja, quando a descentralização do tratamento estiver concluída, com unidades de atendimento nas comunidades.
Há apenas seis CAPs no Distrito Federal. E, como o São Vicente da Paula é o único hospital psiquiátrico público do Distrito Federal, a procura é grande. Além das internações, são atendidos no ambulatório cerca de mil pacientes por mês.
Como faltam médicos, o atendimento aos pacientes internos é feito apenas em dias alternados: em um dia é feita a supervisão da ala feminina e em outro, a da ala masculina. As exceções são para casos de surtos psicóticos, que são tratados como emergências por um médico plantonista. No dia da reportagem, a médica de plantão não deu entrevista porque não conseguia terminar os atendimentos dos pacientes que aguardavam do lado de fora do consultório.
Enquanto a internação está superlotada, sobram vagas no Hospital Dia, que também funciona no mesmo lugar. Das 30 vagas, apenas 18 estavam ocupadas. O serviço atende pacientes psiquiátricos durante o dia e, à noite, eles vão para casa - ou seja, o oposto da lógica manicomial. A dificuldade é que nem todos têm recursos para pagar o transporte diário. Outro empecilho está na própria mentalidade dos médicos.
Lei enumera série de direitos do portador de transtorno mental
O modelo humanizado de tratamento, apregoado na Reforma Psiquiátrica, está sendo posto em prática nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) - que hoje somam 1.620 em todos os estados. Os atendimentos ocorrem durante o dia, evitando as internações. O serviço também é direcionado a dependentes de álcool e drogas. As equipes de profissionais são formadas por médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e outros profissionais de saúde. Só nos CAPS, foram registrados, em 2010, 21 milhões de atendimentos ambulatoriais.
Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paula, no DF - Foto de André CoelhoAlém dos CAPS, o poder público também oferece o Saúde da Família, com quase 32 mil equipes em todo o país, as Casas de Acolhimento Transitório (CATs), os Consultórios de Rua e as Comunidades Terapêuticas. Outro grande avanço foi a criação do programa De Volta Para Casa, que dá auxílio financeiro mensal de R$ 320 a pacientes que receberam alta hospitalar após um histórico de internação psiquiátrica. O programa foi criado pelo governo federal em 2003 e beneficia mais de 3,7 mil brasileiros em 614 municípios.
Inaugurada com a Lei 10.216, de abril de 2001, a intenção da reforma psiquiátrica foi "redirecionar o modelo assistencial em saúde mental". O texto trata a internação hospitalar como exceção, e não como regra.
A lei enumera uma série de direitos do portador de transtorno mental, tais como: acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde; ser tratada com humanidade e respeito; ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou não de sua hospitalização involuntária; ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis; e ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/06/07/dez-anos-apos-reforma-psiquiatrica-brasil-ainda-tem-instituicoes-publicas-funcionando-no-modelo-de-antigos-manicomios-924630088.asp#ixzz1PBqw1EvX 
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CLÍNICA DOS HORRORES - Famílias denunciam maus-tratos a usuários em hospitais psiquiátricos

No Hospital Psiquiátrico São Vicente de Paula, no DF, pacientes no chão - Foto de André Coelho
BRASÍLIA - Entre os hospitais psiquiátricos em funcionamento no Brasil, são comuns as denúncias de maus-tratos a pacientes. Observatório de Saúde Mental e Direitos Humanos, portal na Internet da luta contra os manicômios, contabiliza 29 casos. Um deles é o relato de uma mãe que teria internado o filho na Clínica El Shadai, em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. A mãe conta que, depois de um mês, resolveu retirar o filho de lá. "(Ele) foi espancado por quatro internos com uma barra de ferro, levou choque elétrico, etc. Praticamente um campo de concentração nazista, ao invés de uma clínica para recuperação de dependentes químicos", escreveu a mãe em uma carta ao site.
"Ele disse que colocam internos (também em tratamento) como monitores, e por ele ter tentado fugir uma vez ficou em um quartinho fechado por uma semana, onde recebia apenas alimentação, local que também tinha que fazer suas necessidades fisiológicas em um balde", contou a mãe. "Por favor, me ajudem a fechar esta clínica de horrores". O GLOBO entrou em contato com o estabelecimento, mas informaram que a clínica tinha mudado de nome e de dono, apesar de ainda ser dedicada ao tratamento de dependentes químicos.
Por favor, me ajudem a fechar esta clínica de horrores
A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados também tem recebido denúncias de arbitrariedades em instituições psiquiátricas. Em 2001, o órgão recebeu comunicação de que uma paciente foi vítima de negligência médica e de maus-tratos, que resultaram em morte, no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, em Minas Gerais. Ela teria sido submetida a eletrochoque a seco. A instituição é pública e ainda está em funcionamento.
Dois pacientes morreram em após maus-tratos em hospital psiquiátrico do RN
Em 2003, a comissão foi informada de que dois pacientes morreram, também após maus-tratos, violência e abandono, no Hospital Psiquiátrico Dr. Milton Marinho, no Rio Grande do Norte, que foi desativado. No Núcleo de Saúde Mental Professor Wassily Chuc, em Goiânia, uma paciente morreu por negligência médica em 2005. O hospital é público e ainda está em funcionamento. No Centro de Tratamento Bezerra de Menezes, na cidade gaúcha de Passo Fundo, um paciente relatou ter sofrido torturas em 2009. A instituição é credenciada do Sistema Único de Saúde (SUS) e também está com as portas abertas.
Em setembro de 2009, a imprensa revelou que os mais de 600 pacientes do Hospital Psiquiátrico José Alberto Maia, em Camaragibe, Pernambuco, sofriam com falta de comida, roupas e condições de higiene. A Vigilância Sanitária constatou a precariedade das condições do local. Em dois anos, 103 pacientes morreram no hospital - que é conveniado ao SUS.
Segundo relatos, os internos só tinham direito a uma refeição por dia, o almoço, por ordem do Ministério Público. À época, o Ministério da Saúde considerava o hospital um dos dez piores do país e planejava um plano de intervenção no local. A instituição funcionou até dezembro de 2010.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/06/07/familias-denunciam-maus-tratos-pacientes-em-hospitais-psiquiatricos-924630087.asp#ixzz1PBqG3PUw 
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