ATO
ALEXANDRE (V)IVO
PELOS 3 MESES DO SEU ASSASSINATO
DIREITOS HUMANOS & JUVENTUDE:
JUSTIÇA JÁ! NÃO A IMPUNIDADE E PELA CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA!
29 DE SETEMBRO DE 2010 – QUARTA-FEIRA
AUDITÓRIO DA FFP - UERJ – SÃO GONÇALO-RJ
A PARTIR DAS 18:00h
CARTA-CONVITE:
Os familiares, parentes e amigos/as de Alexandre Ivo convidam
ATO PÚBLICO
Senhoras/es Autoridades, Ativistas e Militantes
dos Direitos Humanos, da Cidadania e pela VIDA!
Nós, da família do adolescente Alexandre Ivo, 14, assassinado no dia 21 de junho de 2010, estamos desde então em uma árdua luta por justiça. Muitos de vocês sabem dos fatos, principalmente, os veiculados pela mídia. Desde o dia 23 de junho, os supostos assassinos estavam presos - prisão temporária, enquanto cabia a 72ª Delegacia de Polícia com sua equipe apurar os fatos. Passados 30 (trinta) dias da prisão temporária se renovaram por mais 30 (trinta) a prisão dos supostos assassinos, e nesses dias apareceram algumas provas, como o laudo pericial do carro e do resultado do teste de DNA da mãe e tudo levava-nos a crer que os supostos assassinos eram os verdadeiros criminosos.
Foram vários os tipos de apelos e pressões que tivemos que fazer para, principalmente, correr com o resultado do exame de DNA da mãe, que apontava vestígios de compatibilidade sanguínea com o sangue encontrado no laudo pericial do carro. Todos sabem do investimento que fizemos neste sentido, principalmente, junto às instâncias do Estado, na esfera do governo estadual do Rio de Janeiro, através da SUPERDIR/SEASDH-RJ e do governo federal, através da SEDH/PR para que a justiça seja feita como em outros casos, em particular, do goleiro do C.R. Flamengo em que o corpo da assassinada Eliza Samudio está até agora desaparecido.
Foram várias idas ao promotor do caso no Fórum de São Gonçalo - RJ, uma delas com a presença das autoridades da SUPERDIR/RJ e SEDH/PR. Desse encontro, o promotor pediu a presença das testemunhas, sua maioria jovens, que foram, mas sem uma autoridade ou mesmo um advogado, dias depois, e ao chegarem, foram encaminhadas para a central de inquéritos, por conta de que algumas dessas, incluindo uma adolescente, estavam sendo ameaçadas de morte.
O promotor e o delegado solicitaram o teste de DNA do pai, que reside em Belém – PA. O mesmo foi feito, a amostra veio para o Rio para ser feita aqui a compatibilidade. O prazo da prisão temporária terminaria no final de semana, e o promotor reuniu-se com a família, sem advogado ou autoridade como antes. Tivemos uma conversa informal com o promotor atual e com a promotora que estava anteriormente no caso, para comunicar-nos que o Ministério Público apresentaria denúncia contra os supostos assassinos e o fez. Sendo que dois, desses três, entraram em prisão preventiva e um retornou a sua casa. No entanto, esse momento foi curto, tendo em vista o resultado negativo do DNA do pai do Alexandre Ivo e estes dois também estão respondendo ao processo em liberdade.
Além da dor de termos perdido um dos nossos, agora temos que viver com a dor angustiante de saber que os supostos assassinos estão livres, a despeito de tanta luta, de tanta solicitação, pressão e apelos. Sentimo-nos desprotegidos mesmos, e a justiça parece isso mesmo, algo que falha, que é morosa, e para nosso desespero, inoperante. O que queremos é que a impunidade não prevaleça.
Descobrimos que não temos quem defenda o ALENXANDRE IVO, a vítima acaba sendo réu. Estamos sem um advogado e até agora, nem tivemos acesso, por fotocópia, ao inquérito, que se tornou um processo no Fórum de São Gonçalo-RJ. Mas outros parceiros na luta pela vida e comprometidos com os DIREITOS HUMANOS, como a Comissão de Direitos Humanos da ALERJ, o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública e a Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ, estão possibilitando redes reais e com ações concretas na luta pela repulsa a impunidade e por justiça e cidadania.
Desta forma, nesse ATO PÚBLICO pelos 3 (três) meses do ASSASSINATO de ALEXANDRE IVO, queremos usar da única arma que temos, NOSSA VOZ e juntos com tantos outras/os cidadãs/ãos comprometidos com o DIREITO À VIDA, apelar que o MP peça a reconstituição do crime, solicite um laudo detalhado e apurado do exame cadavérico e necroscópico, faça um levantamento do local do crime com cadáver e de identificação biológica por análise de DNA da própria vítima, a partir da exumação do corpo de Alexandre Ivo. Com esses dados, esperamos que o MP leve os supostos assassinos a julgamento com a acusação de homicídio triplamente qualificado e tortura contra um adolescente de 14 anos em que a vida foi retirada.
Por conta disso, convidamos a todas/os, cidadãs/os, e a partir daí, agradecemos desde já, a todas as pessoas amigas e parceiras que estejam conosco nesse processo que transforma o LUTO em LUTA no ATO PÚBLICO:
ALEXANDRE (V)IVO!
PELOS 3 MESES DE SEU ASSASSINATO!
NÃO A IMPUNIDADE!
JUSTIÇA JÁ!
3 HORAS SEM HOMOFOBIA!
PELOS DIREITOS HUMANOS DA JUVENTUDE E DE LGBT!
Pela Criminalização da HOMOFOBIA!
Data: 29 de setembro de 2010 - QUARTA-FEIRA
Horário: A partir das 18:00h
Local: Auditório da Faculdade de Formação de Professores (FFP) da UERJ de São Gonçalo - RJ
Mesa: Direitos Humanos, Juventude e Homofobia!
Contamos com sua presença e participação!
Abraços fraternos
Angélica Ivo (mãe) e
Prof. Marco José Duarte - UERJ (primo)
